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A pré-lista para as Olimpíadas de Paris da seleção feminina de rugby sevens, conhecida como Yaras, foi anunciada nesta terça-feira (11) pela Confederação Brasileira de Rubgy (CBRu ou Brasil Rugby) em um evento realizado no Museu das Culturas Indígenas, em São Paulo.
O treinador britânico Will Broderick convocou 18 jogadoras para formar o grupo que vai viajar para França e realizar a aclimatação na cidade de Saint-Affrique, no sul do país europeu, mas apenas 14 poderão ser inscritas na lista definitiva para os Jogos Olímpicos, que começam no dia 26 de julho, mas com jogos da modalidade já sendo disputados no dia 24.
As grandes destaques da convocação das Yaras para Paris-2024 são Luiza Campos e Raquel Kochhann. As duas vão disputar pela 3ª vez as Olimpíadas, sendo que o rugby sevens entrou para o programa olímpico recentemente, na Rio-2016. Então, dessa forma, a dupla participou de todas as edições da modalidade.
“Esta convocação é muito especial para mim. Foram quase dois anos afastada dos gramados por causa de uma lesão no joelho e, principalmente, do câncer de mama. Foi um longo processo de recuperação, mas todo o esforço valeu a pena.”, comemora Raquel.
A escolha de chamar quatro jogadoras "a mais" da lista final se deu por conta de algumas jogadores estarem se recuperando de lesão, como no caso de Aline Furtado, Milena Mariano e Rafaela Zanellato.
“Já trabalhamos no dia a dia com um grupo maior de jogadoras justamente por conta desses imprevistos. O rugby é um esporte de muito contato físico e exige um elenco robusto. Temos mais algumas semanas para avaliar as condições de cada uma e saber se poderão viajar conosco.”, explica Will Broderick.
A pré-lista da Yaras para as Olimpíadas de Paris:
Aclimatação para Paris-2024
O planejamento das Yaras para os Jogos Olímpicos prevê também um período de aclimatação na França, entre os dias 7 e 21 de julho, antes do embarque para Paris. A seleção feminina ficará concentrada em Saint-Affrique, cidade de oito mil habitantes, situada a 650km da capital parisiense.
“As Yaras têm apresentado grande evolução nos últimos tempos. Basta ver o que conquistaram do ano passado para cá: vaga olímpica, bronze nos Jogos Pan-americanos de Santiago, melhor classificação final em uma temporada de Circuito Mundial e vitórias sobre Fiji e Irlanda, que estão entre as principais seleções do planeta. Então, para continuar nessa crescente, seguiremos investindo nessa equipe e oferecendo a ela a melhor preparação olímpica possível”, explica Mariana Miné, CEO da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).
O Brasil terá à disposição um centro de treinamento exclusivo, com direito a campo oficial, refeitório e academia, a 800 metros do hotel em que ficará hospedada.
“Estamos falando de uma cidade pacata, com excelente estrutura para a prática de rugby e que nos possibilita fazer todas as atividades em um mesmo lugar, sem precisar dividir o espaço com outras equipes. Vamos ficar totalmente concentradas e focadas no nosso objetivo”, afirma Dannielle Abreu, gerente de seleções da Brasil Rugby.
Saint-Affrique está localizada na região da Occitânia, que possui cerca de 400 clubes e 70 mil jogadores filiados à Federação Francesa de Rugby (21,3% do total). O sul da França, aliás, é conhecido popularmente como “ovalie” (“terra ovalada”, em português), tendo em vista a popularidade do esporte na região. Além do rugby, Saint-Affrique é conhecida pelo Parque Natural das Grandes Causas, patrimônio mundial da UNESCO, e pela produção de queijo roquefort.
Uniformes das Yaras para as Olimpíadas
Além da convocação, o evento no Museu das Culturas Indígenas também apresentou o manto que as Yaras vão vestir durante as Olimpíadas de Paris.
A seleção brasileira terá três uniformes para a disputa dos Jogos Olímpicos, sendo dois de competição e um de treino. O principal é composto por camisa amarela, short verde e meiões com listras nas duas cores. Já o segundo uniforme de competição tem o branco e o verde como cores predominantes, além de pequenos traços em amarelo.
O design de ambas as camisas conta com detalhes geométricos inspirados em artes indígenas e animais característicos da fauna brasileira, como boto, jiboia, mico-leão e lobo-guará.
Já o uniforme de treino tem o azul e o preto como cores principais, acompanhado de detalhes em verde e amarelo.
Autor: Jalile Elias
Fonte: ESPN
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