Você sente que precisa de mais queijo na dieta ou ama este alimento e percebe que às vezes exagera na quantidade diária?
Ouvimos especialistas que esclarecem dúvidas sobre a quantidade de cálcio encontrada em cada tipo de queijo e outros laticínios, as propriedades nutritivas destes alimentos, a importância de consumir derivados do leite, como devemos ingeri-los e mitos relacionados a alergias.
A quantidade diária de queijo depende muito do restante da dieta. Se a pessoa ingerir uma pizza de quatro queijos, ou tomar dois iogurtes ou três copos de leite, por exemplo, não há necessidade da ingesta de queijo, porque esses alimentos têm propriedades semelhantes.
Para homens adultos, a quantidade de cálcio necessária por dia fica em torno de 1.200 mg e, para mulheres 1000 mg. Para os adolescentes, chega a ser acima de 1.300 mg/dia, devido ao processo de formação óssea.
Crianças de 1 a 3 anos precisam de 500 mg; de 4 a 8 anos, 800 mg; e de 9 a 13 anos, de 1300 mg de cálcio, segundo o professor Durval Ribas Filho, também presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
O médico nutrólogo explica que a nossa maior fonte de cálcio está no leite e nos seus derivados, mas outros alimentos evidentemente também têm este mineral, em menor quantidade. Somente exames laboratoriais podem identificar se o indivíduo está com a taxa de cálcio recomendada ou não e se precisa apenas melhorar sua alimentação ou suplementar.
O queijo favorece a saciedade e tem elementos com diferentes funções metabólicas, como hidratação celular, regulação do pH e produção enzimática. Além disso, o alimento tem, principalmente, as vitaminas B12, B2, D, A e K2; e minerais como o cálcio - o mais importante mineral do queijo - fósforo, sódio, selênio e zinco.
A maioria dos queijos tem, em média, 250 mg de cálcio, mas alguns podem ter até 720 mg. Confira abaixo a quantidade de cálcio encontrada em uma fatia de 100 g de cada tipo de queijo:
Se uma mulher ingerir num dia, por exemplo, duas fatias de ricota de 100g cada, ingerirá 460mg de cálcio. Neste caso, o ideal seria ela complementar a dieta com a ingesta de mais algum laticínio, para obter os 540 mg de cálcio restantes. Esta quantidade pode ser encontrada em 250 ml de leite e mais 324 g de iogurte, por exemplo.
O queijo é um alimento produzido a partir da coagulação do leite com adição de enzimas, um processo saudável. Ele possui microrganismos vivos que ajudam a equilibrar a flora intestinal e é uma excelente fonte de proteínas de alto valor biológico.
Estudos mostram a importância do cálcio na nossa alimentação, ao longo de toda a vida, porque ele é considerado o mineral mais abundante que temos no organismo. Porém, o Durval Ribas Filho alerta que, quando se ingere o cálcio na forma sintética (em pílulas), é necessária a presença da vitamina K2 também na forma sintética, para que esse cálcio não se fixe no osso e não contribua para um endurecimento das artérias do organismo.
Além do queijo, o leite e o iogurte também estão entre as melhores fontes de laticínios, mas a concentração maior de cálcio está no queijo, segundo o nutrólogo. É importante lembrar que toda dieta precisa ser equilibrada e diversificada para trazer benefícios para o organismo, pois cada alimento possui uma quantidade de nutrientes, vitaminas e minerais.
“Não é ideal ter restrições a apenas um tipo de alimento, mesmo entre os laticínios. A exceção é apenas quando houver problemas de saúde, como uma intolerância ou alergia ao alimento. Entre os laticínios, a variedade é ampla e o recomendado é variar, até para não enjoar do alimento”, acrescenta Durval.
Autor: Silvana Reis
Fonte: G1
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